Resumo
Azulejo de Padrão Mudéjar. Este azulejo de padrão unitário (do qual o Museu possui outros exemplares) é um precioso documento sobre a evolução técnica e estética da azulejaria sevilhana arcaica e o incremento da sua difusão para Portugal. Este padrão é um dos primeiros, em Sevilha, a utilizar a técnica da aresta, moldada na superfície das placas de barro, mas para reforçar a separação dos vidrados plumbíferos usados na decoração, algumas arestas foram cobertas de manganés misturado com gordura, aplicado a pincel, processo característico da antecedente técnica da corda seca. A decoração combina elementos geométricos mudejares, nos cantos, com motivos naturalistas de expressão gótica tardia, como os cardos e as flores-de-lis do centro.
Observações
Este azulejo de padrão unitário (do qual o Museu possui outros exemplares) é um precioso documento sobre a evolução técnica e estética da azulejaria sevilhana arcaica e o incremento da sua difusão para Portugal. Este padrão é um dos primeiros, em Sevilha, a utilizar a técnica da aresta, moldada na superfície das placas de barro, mas para reforçar a separação dos vidrados plumbíferos usados na decoração, algumas arestas foram cobertas de manganés misturado com gordura, aplicado a pincel, processo característico da antecedente técnica da corda seca. A decoração combina elementos geométricos mudejares, nos cantos, com motivos naturalistas de expressão gótica tardia, como os cardos e as flores-de-lis do centro. Esta padronagem de transição foi usada em Portugal, como no frontal do altar-mor da Igreja Matriz de Paiva (Mora) e na cripta do Convento de Jesus, em Setúbal.